A biotecnologia é o conjunto de
conhecimentos biológicos, físicos, químicos, geográficos, tecnológicos,
informacionais e antropológicos que podem ser usados na produção de um estado,
produto, tratamento ou técnica que beneficie o homem socialmente, que podem ser
desde aspectos de saúde e alimentação ao lucro pelo consumo promovido pelo
mercado.
Dentre
as várias áreas de estudo relacionadas à biotecnologia, a engenharia genética
sempre é a que recebe mais destaque. Nos últimos anos, os profissionais
atuantes na área foram capazes de produzir vários serviços, técnicas e
tratamentos por meio do estudo genético das células. Alguns desses avanços
foram: a produção da insulina para o tratamento do diabetes, a produção do hormônio
responsável pelo crescimento a até mesmo os tão famigerados organismos
transgênicos.
Para que um organismo seja
considerado geneticamente modificado é necessário que tenha ocorrido qualquer
modificação intencional em seu material genético, qualquer uma mesmo. É preciso
destacar que a modificação intencional deve ser estranha a qualquer modificação
que pode ocorrer na natureza sem a intromissão do homem. Ou seja, são
alterações anormais ao ciclo de vida e às influencias do meio sobre a carga
genética das espécies.
Investimentos em transformações tão
complicadas foram se tornando possíveis com a descoberta do material genético e
sua estrutura, formada por bases nitrogenadas. Com ela foram mapeados os
códigos genéticos de várias espécies de animais e plantas que puderam ser
estudados e, com o tempo e o avanço das pesquisas, testados e, até mesmo,
cruzados entre si.
Essas alterações tornaram viáveis a “criação”,
por assim dizer, de espécies de plantas mais resistentes a determinado tipo de
praga ou a “criação” de frutas e legumes mais vistosos e ricos em certos tipos
de aminoácidos, vitaminas, etc. Quando falamos em criação, esse termo não deve
ser levado ao pé da letra. O desenvolvimento de um milho mais vistoso, mais
rico em amido e resistente à lagarta, não significa realmente criar um planta
nova, mas alterar as características do código genético de uma planta já
existente por meio da adição ou da exclusão de uma base nitrogenada que seja
determinante daquela característica.
No caso da troca de uma cadeia de
bases nitrogenadas sempre é incluída no DNA da espécie parte do DNA de uma
outra que pode ser vegetal ou animal. Por mais incrível que pareça é possível
inserir partes do DNA de uma planta em um animal e partes do DNA de um animal
em uma planta.
O cruzamento genético entre as
espécies dá origem a uma nova categoria de organismos geneticamente
modificados, a dos transgênicos. Transgênico, como o nome já aponta, é o
organismo que passou pelo trânsito de material genético, ou seja, pela troca de
material genético com outra espécie, processo tecnicamente conhecido como
transgenia.
Existem várias questões que são alvo
de discussões quando o assunto é organismo geneticamente modificado, e elas
tendem a tomar uma forma mais séria quando os transgênicos vêm a tona. O
cruzamento entre essas espécies e a produção de novas variações mutantes
totalmente estranhas à natureza abre o debate sobre os perigos que a introdução
dessas novas espécies pode trazer ao equilíbrio dos ecossistemas onde elas são
abrigadas. Existe o risco de essas espécies, a longo prazo, substituírem as
espécies nativas por meio da seleção natural imposta pelo ambiente, onde só a espécie que apresenta as características mais vantajosas para a sobrevivência no meio, ou seja, aquela mais adaptada consegue reproduzir-se com mais eficiência. Com a criação de variações mais
resistentes aos males que afetam as plantas e animais comuns é provável que
eles sejam substituídos pelos mutantes.
Além do risco ambiental, também são
discutidos os possíveis malefícios que a ingestão em larga escala desses
alimentos na dieta humana possa acarretar no futuro a população humana mundial.
Existem pesquisas que apontam a ingestão de transgênicos como uma das causas
para o aumento da ocorrência do câncer em animais de laboratório. Mesmo assim,
os transgênicos já podem ser encontrados no prato de quase todos nós, mesmo em
pequenas quantidades.
KRAEMER,
M. E. P. Gestão ambiental um enfoque no desenvolvimento sustentável. Disponível
em: < http://www.gestiopolis.com/gestao-ambiental-um-enfoque-no-desenvolvimento-sustentavel/
> Gestiópolis. Acesso em: 19 nov.
2015.
BRASIL.
Organismos geneticamente modificados. Disponível em: http://www.mma.gov.br/biodiversidade/biosseguranca/organismos-geneticamente-modificados
Ministério do Meio Ambiente. Acesso
em: 19 nov. 2015
BIOTECNOLOGIA.
O que é biotecnologia? ORT. Instituto de
Tecnologia. Disponível em: http://www.ort.org.br/biotecnologia/o-que-e-biotecnologia/
Acesso em: 19 nov. 2015
Comentários
Postar um comentário