Estadão - 7 de agosto de 2014
A luta pelos direitos humanos tem como uma de suas pautas primordiais a questão da acessibilidade. Num tema que apresenta tantas demandas, a ProDeaf identificou uma oportunidade de desenvolver uma série de projetos para tornar a tecnologia uma ferramenta para todos. Entre as iniciativas, surgiu o WebLibras, sistema de tradução de sites para a Língua Brasileira de Sinais (Libras). “Foi uma evolução da ProDeaf para democratizar o acesso à informação escrita, aos surdos brasileiros”, diz Renato Kimura, gerente de produtos da startup.
A luta pelos direitos humanos tem como uma de suas pautas primordiais a questão da acessibilidade. Num tema que apresenta tantas demandas, a ProDeaf identificou uma oportunidade de desenvolver uma série de projetos para tornar a tecnologia uma ferramenta para todos. Entre as iniciativas, surgiu o WebLibras, sistema de tradução de sites para a Língua Brasileira de Sinais (Libras). “Foi uma evolução da ProDeaf para democratizar o acesso à informação escrita, aos surdos brasileiros”, diz Renato Kimura, gerente de produtos da startup.
Crédito:Divulgação
Avatar traduz textos e notícias em libras para deficientes visuais
Com quatro anos atuando no mercado, a
empresa surgiu de uma maneira inusitada. Alunos do curso de ciência da
computação da Universidade Federal de Pernambuco se reuniram para criar
um projeto na faculdade. Entre os integrantes, estava um deficiente
auditivo e a dificuldade para se comunicar motivou os jovens a buscarem
soluções globais para o problema.
A comunicação se tornou alvo deste grupo, que já realizou diversos projetos para o segmento e recebe o apoio e parceria de grandes marcas, como Wayra Brasil, Telefônica, Microsoft, Sebrae e também do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
A comunicação se tornou alvo deste grupo, que já realizou diversos projetos para o segmento e recebe o apoio e parceria de grandes marcas, como Wayra Brasil, Telefônica, Microsoft, Sebrae e também do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Para Kimura, há uma necessidade de
oferecer conteúdos escritos aos surdos, uma vez que boa parte das
pessoas que tem a libra como a primeira língua, sente dificuldade para
compreender o português. “Isso ocorre porque as estruturas das línguas
são diferentes”, diz.
Pelo WebLibras, os veículos de comunicação produzidos na internet e empresários interessados podem se cadastrar em planos conforme o plano de interesse. Há o gratuito, com limitação nas ferramentas oferecidas pelo software, há o básico, para sites com maior produção de conteúdo, (ofertado em R$ 89 ao mês), e o especial, que projeta a ferramenta a partir da necessidade do cliente.
Pelo WebLibras, os veículos de comunicação produzidos na internet e empresários interessados podem se cadastrar em planos conforme o plano de interesse. Há o gratuito, com limitação nas ferramentas oferecidas pelo software, há o básico, para sites com maior produção de conteúdo, (ofertado em R$ 89 ao mês), e o especial, que projeta a ferramenta a partir da necessidade do cliente.
A iniciativa é vista com bons olhos pelo portal de O Estado de S. Paulo.
O diário faz testes com o tradutor automático para avaliar a
possibilidade de empregá-lo em todo o site. “Atualmente, traduzimos
alguns blogs específicos do 'Estadão', como o Vencer Limites.
São conteúdos altamente relevantes para a comunidade inclusiva e a
parceria faz muito sentido e tem dado muito certo. Estamos em uma fase
inicial de testes e a ideia é implantar no portal inteiro”, revela Kimura.
Pontos positivos
Só no Brasil, há 10 milhões de pessoas
com algum tipo de deficiência auditiva. Desse total, muitos são
usuários da libra como língua materna, o que significa que não
compreendem o português com facilidade, e uma parcela significativa não é
alfabetizada. A partir dos trabalhos desenvolvidos para este público, a
ProDeaf afirma que recebeu um feedback muito positivo.
“Os benefícios são diversos. Para os
surdos, o valor é imensurável. Além de facilitar a compreensão do texto
para aqueles que têm maior dificuldade, a ferramenta também serve como
uma espécie de consulta para quem domina o português”, destaca Kimura.
Nas soluções apresentadas pela empresa, as marcas podem ganhar diversos benefícios, que retornam de certa maneira os investimentos no produto, como o posicionamento de que se importa com a acessibilidade, como também o maior engajamento deste nicho de consumidores.
Nas soluções apresentadas pela empresa, as marcas podem ganhar diversos benefícios, que retornam de certa maneira os investimentos no produto, como o posicionamento de que se importa com a acessibilidade, como também o maior engajamento deste nicho de consumidores.
Na parte do WebLibras, a startup
trabalha constantemente para melhorar os mecanismos de tradução, para
que a interpretação do avatar seja cada vez mais natural, e as novas
palavras — ou sinais, em libras — que são inseridos com frequência na
ferramenta. “A importância de tornar conteúdos da rede disponíveis em
Língua de Sinais, é garantir o acesso a esses milhares de cidadãos à
informação”, disse o executivo. Para utilizar a ferramenta é simples. Em
poucos minutos, o administrador do blog ou do site pode inserir o
serviço de tradução de sites da WebLibras e escolher o plano conforme
sua necessidade.
* Com supervisão de Vanessa Gonçalves.
Disponível em:
<http://www.portalimprensa.com.br/noticias/brasil/67363/projeto+traduz+textos+em+libras+para+surdos+estadao+planeja
+adotar+o+sistema+no+portal> Acesso em: 13 Ago. 2014.
Comentário:
Iniciativas como essa são importantes pois servem de espelho para que outras instituições façam o mesmo. O Estadão resolveu adotar o sistema de tradução em libras e, em pouco tempo, dependendo da recepção do projeto, outros sites de comunicação também o farão.
A sociedade em si, já está à procura de programas que incluam os surdos e deficientes auditivos. E sabemos que um dos passos que podemos ver é na própria faculdade, libras já é obrigatório. É um novo mundo, um novo conhecimento.
ResponderExcluirMuito boa sua postagem Luziana!! É bom ver que a acessibilidade para os surdos cresce a cada dia mais com o uso de tecnologias que auxilia e facilitada obter novos conhecimentos ajudando a difundir conceitos com informações para este público.
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